segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Seu Filho é Psicopata

O que é um psicopata?

A psicopatia é uma desordem de personalidade cuja característica principal é a falta de empatia. O psicopata, segundo Robert Hareum, é um predador que usa charme, manipulação, intimidação, sexo e violência para controlar outros e satisfazer suas próprias necessidades egoístas, violando normas sociais sem culpa ou remorso.

Principais características: podem ser observadas desde a infância até a vida adulta.
Há um padrão persistente representado por certas características, comportamentais na infância e adolescência:
  •  Mentiras frequentes.
  •  Crueldades com animais, coleguinhas, irmãos dentre outros.
  •  Condutas desafiantes às figuras de autoridades.
  •  Impulsividade.
  •  Irresponsabilidade.
  •  Baixa tolerância à frustação.
  •  Tendência a culpar os outros por erros cometidos.
  •  Insensibilidade ou frieza emocional.
  •  Ausência de culpa ou remorso.
  •  Falta de constrangimento em manter amizade.
  •  Violação de regras sociais.
  •  Sexualidade exacerbada.
Segundo a psicologia Freudiana, em sua teoria do Iceberg Mental, o ser humano possui 3 partes detentoras da personalidade: Id, Ego e Superego. A primeira (ID), contem a única parte atribuída ao sistema inconsciente e é responsável pelos impulsos irracionais, não levando em conta aspectos morais ou de bem e mal. Nesta parte da personalidade procura-se atender as necessidades do homem imediatamente, sem nenhuma relação com a realidade.
Por outro lado, há o Superego, que se desenvolve desde o inicio da vida até os 8 anos, quando a criança assimila as regras de comportamento ensinadas pelos pais pelo sistema de recompensas e punições (normalmente psicopata não desenvolvem sentimentos de certo e errado). A terceira parte, chamada de Ego, é o mediador de vontades do Id e do Superego. Enquanto o id deseja algo cegamente, o ego tem consciência da realidade, atribuído pelo superego, e regula o id.
Por Sérgio Costa.

domingo, 4 de agosto de 2013

A exclusão social está relacionada ao processo de expulsão do mercado de trabalho



A particularização do sujeito portador de transtorno mental, incluindo a necessidade de tratamento e adequação das medidas de segurança pública com o estado próprio destes indivíduos, só veio com o advento da Psiquiatria Moderna, em 1794, quase duzentos anos após o início das Grandes Internações. A loucura, então, recebe o "status" de doença. Trata-se da chamada Primeira Revolução Psiquiátrica, liderada pelo médico francês Philippe Pinel, o qual agia em consonância com os ideais racionalistas e humanitários próprios da Revolução Francesa.
O tratamento moral disseminou-se na comunidade médica da época como um modelo a ser seguido, inclusive com bons resultados em relação aos padrões anteriores. No entanto, os anos seguintes, com o próprio processo posterior à Revolução Industrial, trouxeram uma explosão no número de admissões nos asilos, o que não pôde ser acompanhado pela atenção terapêutica, que deveria se dar de forma individual. O resultado foi a redução nos índices de melhoria, a falta de expectativa na recuperação e a degradação destes espaços, que se transformaram e verdadeiros depósitos humanos. Desta forma, eram refletidos na reclusão os mesmos mecanismos opressores que o mundo exterior impunha ao doente mental
Sem analisar os infindáveis questionamentos a respeito de ter este momento histórico representado a verdadeira libertação dos doentes mentais, ou somente a mudança dos grilhões, como afirmam os adeptos da antipsiquiatria, o fato é que se iniciou o chamado "tratamento moral". Este, pela primeira vez, inseriu a noção de que a loucura não é um destino irremediável, mas sim uma patologia que, como tantas outras, pode ser sanada em vários casos mediante o tratamento adequado. Não houve extinção do isolamento aplicável aos doentes mentais, mas estes passaram a ser recolhidos em locais próprios (asilos), onde recebiam auxílio humanitário e médico, alimentação e atividades terapêuticas.
A exclusão social está relacionada a um processo de expulsão do mercado de trabalho, fragilização social e impossibilidade de exercício da cidadania, sendo que, para construção da inclusão social, o sujeito deve ser capaz de conduzir a sua própria história.
É possível identificar que as pessoas com transtornos mentais ainda estão entre as mais excluídas da sociedade.
Na complexa relação entre exclusão social e doença mental, muitos dos elementos característicos da exclusão social (como desemprego, baixa renda e falta de rede social) são, ao mesmo tempo, causas e consequências da doença mental. O indivíduo se insere na sociedade, assimilando e participando do cotidiano da comunidade. As atividades do dia a dia de cada pessoa estão relacionadas com as atividades cotidianas de sua família, amigos, colegas de trabalho, constituindo uma trama de relações sociais vinculadas a estas diferentes atividades. Nessa trama, o indivíduo pode apropriar-se, a seu modo, da realidade e colocar a marca de sua personalidade, mantendo sua particularidade e construindo uma vida inserida na
sociedade. Como categoria analítica, nesta investigação, foi utilizado o conceito de Reabilitação Psicossocial, que procura estabelecer melhores negociações entre as necessidades dos pacientes e as oportunidades do contexto.
Em síntese, pode-se entender que os pressupostos da
Reabilitação Psicossocial são: a construção de uma nova forma de vida autônoma, inserida na sociedade; o processo de restituição do poder contratual do usuário, que se desenvolve nos cenários hábitat, mercado e trabalho, considerados espaços de troca; e a referência a micro e macro variáveis do contexto social que determinam resultados para a Reabilitação Psicossocial.
Assim, este estudo foi desenvolvido com a finalidade de contribuir para a assistência ao paciente psiquiátrico, auxiliando no processo de sua inserção social.
Por Sérgio Costa.