PorSérgio Costa
Se
você não nasceu resiliente, se você é do tipo que se abate até porque não te
convidaram pra festa que nem queria ir, se abate até com o vizinho que não te
cumprimentou, ainda assim dá pra desenvolver resiliência, dá pra aprender a ser
flexível e superar. Diante dos problemas ocorre sempre uma desintegração
psíquico-emocional. Para encontrar novas formas de lidar com a vida,
existem sete fatores importantes: estes sete fatores foram selecionados por serem
bem concretos, e podem ser aprendidos no processo terapêutico; Os fatores
da resiliência são: administração das emoções é a habilidade de se manter
sereno diante de um problema. E também a capacidade de usar as pistas e “ler”
as outras pessoas, pra saber o que fazer. Estudos têm demonstrado que
nosso cérebro tem a capacidade de se moldar diante dos acontecimentos
vivenciados em nosso dia-a-dia, sendo que o ambiente em que estamos inseridos
tem grande papel transformador. Nesse sentido, nossa capacidade de renovação é
completa. E não podia ser diferente com nossos pensamentos, atitudes e formas
de assimilação para determinados acontecimentos. Na verdade, a maior certeza
que temos é que o ser humano é único e diferente. Logo, há diferenças
comportamentais em cada indivíduo. Certas pessoas tornam-se resignadas e acabam
aceitando, passivamente, os dissabores da vida. Essa resignação compromete a
ação de lutar contra o que ocorre, e a renúncia gera a acomodação frente a cada
situação diferente e nova. Outras são, totalmente, reativas. O ambiente é que
comanda sua satisfação pela vida. Suas reações são reclamar e praguejar, sendo
que nem ao menos tomam alguma atitude efetiva para a mudança. A revolta é uma
das principais características de comportamento. Mas, há aquelas que além de
confrontarem as situações, enfrentam as tensões com desenvoltura, fazendo de
cada experiência um aprendizado positivo. Ao invés de focarem no problema,
focam na solução. Ou seja, desenvolveram ao longo da vida, um comportamento
resiliente. Sabiamente, Carlos Drumond de Andrade, escreveu: “A dor é
inevitável. O sofrimento, opcional”. Pois, sua lucidez poética
já reverenciava uma das maiores capacidades humanas, atualmente muito discutida
e valorizada, tanto na esfera pessoal quanto na corporativa: a Resiliência.
Este termo provém das Ciências Exatas, especificamente, da Física; onde se
define que Resiliência é a capacidade que um elemento tem em retornar ao seu
estado inicial, após sofrer uma influência externa. Por mais que ele seja
pressionado, o mesmo retorna ao seu estado original sem deformação.Saímos da
Ciência Lógica e entramos na humana definição de Resiliência. Não é por
casualidade que a palavra "desenvolveu" foi adicionada na frase
acima. Todos nós podemos ser resilientes. A Resiliência não é um traço de
caráter hereditário que possuímos ou deixamos de possuir. Trata-se de uma
conquista pessoal. Não é à toa que a superação e o crescimento humano são
potencializados em momentos de dificuldade! O ser humano precisa enfrentar
desafios para testar seus próprios limites. Quantos de nós já não vivenciamos
situações de total dificuldade e quando pensávamos que não haveria mais saída,
tempo ou solução, acabamos reabastecendo nos de mais energia ainda? Para
responder tal questionamento, destaco duas variáveis fundamentais para o
fortalecimento da Resiliência: disciplina e autoconfiança. A primeira vem
através do tempo. Esta nos ensina que nosso processo evolutivo é construído
diariamente; pois, o problema não está em nossa realidade, mas na forma como a
interpretamos. Sabemos que não somos senhores do tempo, nem podemos evitar
todas as situações desagradáveis; mas, a maneira como reagimos a elas é que
definirá o nosso sucesso. Quanto à autoconfiança, essa é a maior característica
do comportamento resiliente. A superação só acontece porque, antes de tudo,
acreditamos em nosso potencial regenerativo, em nossa capacidade de crer e agir
em prol do positivo. Outra análise que pode ser feita, é que a baixa
Resiliência tem legitimado a não permanência de muitos profissionais no mercado
corporativo, pois nunca, em momento algum, fomos tão cobrados pela nossa
capacidade de flexibilização diante das dificuldades. O indivíduo que não
consegue gerenciar e reverter uma situação adversa, precisa mudar o foco,
ajustar as velas, "resignificar" o seu modo de vida, para que tais
obstáculos e acontecimentos diários sirvam como promoção de seu desenvolvimento
pessoal e profissional.
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